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terça-feira, 19 de abril de 2011

GERAÇÃO à Rasca!

                Pretendemos hoje apresentar aos nossos seguidores uma reflexão sobre um tema actual: ‘Geração à Rasca’. Quando falamos em geração à Rasca referimo-nos à educação; à educação que os pais deram aos seus filhos desde o nascimento até à idade adulta. A principal preocupação dos pais face a um filho é ajudar a criança em desenvolvimento a crescer normalmente. Eles assumem então um papel determinante no desenvolvimento da sua personalidade e têm uma grande influência em certas habilidades e características que eles valorizam nos seus filhos. Mas não podemos dizer que esta influência é só determinada pelos pais, porque a sociedade onde a criança vive também influência as características que as crianças desenvolvem.
Quando falamos em limites, parece-nos fácil defini-los, mas na pratica é de facto complicado. A maior dificuldade está na tentativa por parte dos pais de impor limites aos filhos, pois acabam por questionar esses tais limites que lhes parecem adequados.
A figura de autoridade dos pais perante os filhos na sociedade actual deixou de ser uma figura firme. Ouve-se falar muitas vezes até: ‘sou o melhor amigo do meu filho’. E essa mesma figura de autoridade dos pais, a forma como a criança vai lidar com ela e a interiorização dos limites, vão ser a base para interiorizar as regras sociais e adaptar-se a elas na adultez. Os pais de hoje em dia não sabem dizer que ‘não’ e não sabem impor limites! Para além disso, não são apenas uma estrutura de apoio, eles assumem o papel dos filhos na luta pela sua vida. Perante as dificuldades que passaram e com um maior poder económico que antes os seus pais não tinham, os pais tentam dar aos filhos aquilo que podem dar, mas muito provavelmente deram demais! Não souberam mais uma vez, onde estavam os limites! Pois passaram a ideia aos seus filhos de que eles tinham essa obrigação e de facto não tinham! Por isso é que muitos de nós hoje em dia não valorizamos a ajuda dos nossos pais, simplesmente exigimos, exigimos, exigimos…
Não contrariando a ideia de que o papel que os pais assumiram, principalmente pelas dificuldades do passado, ajudaram a que esta geração à rasca não saiba lutar pela vida, nem aceitar dificuldades! É importante no entanto, fazer agora uma pequena observação, pois convêm lembrar que os jovens de hoje em dia têm cada vez mais uma falta de perspectiva sobre o seu futuro, esta geração vive num país que não construiu e tem dívidas que não contraiu. Esta geração protesta e exige, porque exigir foi a coisa que ela mais aprendeu a fazer! Foi isso que os pais lhes ensinaram a protestar e a exigir.
E lá no fundo, ouvimos um amigo dizer noutro dia: 'Ainda bem que existem pais que não estão á rasca por estarem a apoiar economicamente os seus filhos!' E é verdade, ainda bem! No entanto, foi  este poder económico que alterou a  educação, foram os media, foi o estilo de vida, a sociedade e o nosso país que criou a ‘Geração à Rasca’.
E talvez não devêssemos dizer, 'que parva que eu sou', talvez o melhor será dizer: 'Que parva que foi a nossa sociedade'.








Bibliografia consultada:


´´Geração à Rasca``. Diário de Notícias. 2011, Março, 06. pg.13.
``O papel dos pais na educação dos filhos''. Jornal de Notícias. 2009, Abril, 24. pg.6.

2 comentários:

  1. Na minha opinião todos temos um pouco de culpa... o mais importante é que cada pessoa tenha consciência que para mudar é preciso existir colaboração e empenho por parte de todos nós. De que serve protestar e não agir? De que serve culpar os outros quando nós também não estamos 100% correctos? É verdade que a culpa é dos pais que sempre nos deram tudo, é verdade que a culpa é do governo, é verdade que a culpa é dos jovens que não sabem aceitar as dificuldades com que se deparam nos tempos que decorrem... Mas a maior verdade é que o país tem que se unir, juntar forças, deixar de parte o orgulho e os clichés e sair a rua... Não deveria ser vergonha para ninguém sentir dificuldades, não ter possibilidades para certos luxos... Hoje em dia é preciso esquecer aparências, deixar de parte os orgulhos e as frustrações.
    Para lutar contra esta fase critica do país todos vamos sofrer e isto é só o inicio, mas é certo que "sem massada não se tem nada" e para construir um futuro estável há que fazer certos sacrifícios.
    Todos precisamos de uma solução, mas o melhor é nos mentalizarmos que essa solução está directamente relacionada com a nossa mudança de atitude!

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  2. Olá,
    Estive a ver a vossa reacção ao desafio "geração à rasca" e penso que têm de fazer um esforço acrescido para crescerem do ponto de vista da reflexão crítica. Fazem afirmações generalistas (e.g. "os pais de hoje não sabem dizer não...") que são aceitáveis em conversas de café mas não no contexto de um comentário crítico e reflexivo, escrito por estudantes de psicologia. Estas generalizações evidenciam insensibilidade e uma postura julgadora e detentora da verdade. Uma postura de aceitação e de compreensão é a que deve caracterizar a atitude do psicólogo. No vosso comentário não há qualquer enquadramento teórico. Tudo se baseia em opiniões de "café" que tanto se poderiam ouvir da boca de estudantes de culinária como de engenharia física. Não se percebe a especificidade de uma leitura mais "psicológica".
    Por outro lado, não posso deixar de assinalar falhas significativas no português (acentuação, construção frásica, estrutura do texto). Atenção a estes aspectos porque muitas vezes uma boa ideia mal escrita, perde completamente a sua força e valor.

    Atendendo ao texto que colocaram depois deste, reconheço o esforço para fundamentar ideias, recorrendo a alguns autores. Contudo, as referências bibliográficas do final do texto, necessitam de ser reformuladas em função das normas da APA (por favor, consultem).

    Não quero que desanimem, sei que este desafio era difícil, mas entendam estes comentários como oportunidades de aprendizagem e crescimento. Sei que irão melhorar e é apenas isso que eu pretendo!
    Até amanhã, viva o 25 de Abril.
    GP

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