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sexta-feira, 10 de junho de 2011

A agressão: um tema da actualidade

Um tema que tem sido muito falado nos últimos tempos é as agressões entre jovens, como a notícia “Rapariga de 14 anos esfaqueada com x-acto por amiga”. Será que podemos dizer que este tipo de situações provém de “problemas” no contexto familiar? Ou que provém de “problemas” no contexto social? Ou ainda, será que advém de um conjunto de “problemas” nos vários contextos? Como o último tema que abordamos aqui no blog foi relacionado com o contexto social, achamos “por bem” comentar estas notícias tão actuais de uma sociedade que parece estar com problemas. Falando um pouco de teoria, agressividade pode traduzir-se como uma forma de conduta com o objectivo de ferir alguém, física ou psicologicamente (Berkowitz, 1993, in Ramirez, 2001). A agressividade humana está associada à “(…) capacidade ou potencialidade de alguém provocar malefícios, ofensas prejuízos ou destruições, materiais ou morais, a outra pessoa ou a si mesmo (…)” (Abreu, 1998, p.133). Os comportamentos agressivos, particularmente nas escolas, são uma temática que cada vez mais preocupa a sociedade, principalmente pela amplitude que tem alcançado. Impõem-se, então, a questão: terá a agressividade aumentado em proporções alarmantes, ou ter-nos-emos nós tornado mais sensíveis face à sua maior visibilidade social? (Costa & Vale, 1998; Ramirez, 2001). Apesar de, naturalmente, haver diferentes opiniões sobre esta temática, sabe-se que este problema não é nenhuma novidade na sociedade de hoje em dia. Actualmente, é cientificamente incorrecto afirmar que o ser humano tem uma tendência inata para a guerra ou para outras condutas violentas, tal como é incorrecto afirmar que a evolução natural seleccionou preferencialmente as condutas agressivas às demais condutas (APA, 1990, in Ramirez, 2011). Podemos então afirmar que estes problemas de comportamento derivam de “falhas” na educação por parte da família e/ou pela sociedade.

Bibliografia consultada: Sousa, P. M. (s.d.). Agressividade em contexto escolar. Obtido em 07 de Junho de 2011, de psicologia.com.pt: http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/A0261.pdf

6 comentários:

  1. Um texto bastante interessante! Infelizmente cada vez mais há casos de agressão como o que vocês mencionaram. Eu diria mesmo que a sociedade em que vivemos está com problemas muito graves.

    Continuem com o bom trabalho.

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  2. Sem dúvida que é um tema bastante actual e na qual a nossa atenção deveria ser mais focada! Como futuros profissionais temos que estar atentos a todos os sinais que os "nossos" adolescentes e jovens mostram quando se relacionam! Não me parece que isto vá melhorar num ápice, mas acredito que haverá muito trabalho a ser desenvolvido de forma a contrariar esta questão!

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  3. Na minha opinião este comportamentos desviantes da juventude, têm na sua origem a enorme falta de tempo dos pais para educarem devidamente os seus filhos! O dia a dia é uma correria, e o pouco tempo que se passa em família é muitas vezes de fraca qualidade, o que leva a que as crianças cresçam e "aprendam" sozinhas e entre elas, adquirindo muitas vezes valores errados!

    ja agora..parabens ;)

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  4. A agressividade manifestada pelos adolescentes hj em dia é cada vez mais preocupante!!! Eu sou da opinião que se houvesse uma boa educação em casa e um bom ambiente familiar..que esses jovens nao seriam influenciados tao facilmente pela sociedade e pelos grupos a quem tanto querem agradar para se integrarem!!

    Quanto ao blog..os temas abordados sao muito interessantes! Por isso estão de parabéns!:D

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  5. De fato e infelizmente estas situações tendem a acontecer com regularidade. Creio que ainda estamos no início. É um assunto pertinente e atual, que em minha opinião deve ser urgentemente motivo de medidas sérias.
    Em relação aos meios de comunicação social, deixo um desafio; não adianta só divulga-los. Devem também ajudar à sua resolução. E tem necessariamente um papel importante….

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  6. Parece-me claro que somos um fruto do meio em que vivemos. No texto colocam uma boa pergunta: estará a sociedade mais sensível a este tipo de problemas sociais ou estarão estes tipos de eventos a alastrar de forma preocupante? Não me parece que nenhuma das respostas explique o alarido generalizado. Este tipo de situações tende a decrescer em frequência, embora nunca se tornando inexistente. Não acredito que na generalidade, o público se mostre mais sensível do que há 10, 15 ou 20 anos atrás. Essa é até uma questão irrelevante para a resolução do problema. A questão a colocar é: o que fará o sistema para punir esta situação e em que base actuará para prevenir situações idênticas.

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