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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Programas de intervenção para crianças e adolescentes


Hoje em dia, a probabilidade dos adolescentes se envolverem em comportamentos de risco, que afectam o bem-estar individual, é cada vez maior, surgindo assim a necessidade de intervir no sentido de os ajudar a serem bem sucedidos durante a adolescência, juventude e, posteriormente, enquanto adultos (Danish, 1997). Posto isto, Danish e colaboradores (1992a, 1992b) desenvolveram dois programas de intervenção psicológica que têm como objectivo ensinar crianças e jovens entre os 10 e os 14 anos a serem bem-sucedidos em vários domínios e contextos das suas vidas: o programa «Going for the Goal» (GOAL) e o programa «Sports United to Promote Education and Recreation» (SUPER). Ambos os programas se baseiam na ideia de que a «intervenção» é um espaço planeado e programado, conduzido normalmente em grupos e que visa alterar o processo de desenvolvimento (Danish, 1990). Presume-se que o desenvolvimento pessoal e social é tão importante como o desenvolvimento académico e que mudanças no comportamento pessoal irão, naturalmente, perturbar o desempenho escolar. Então, ambos os programas tentar ensinar algumas competências de vida que permitam um aumento da percepção de controlo pessoal e confiança no futuro. Enquanto o GOAL é um programa implementado maioritariamente no contexto escolar, o SUPER utiliza o desporto como um meio privilegiado de ensino de competências de vida a estudantes-atletas, ao mesmo tempo que procura promover as suas capacidades e competências desportivas (Danish, Nellen & Owens, 1996). A adolescência é a melhor altura para ensinar competências de vida, pois, durante este período, os indivíduos enfrentam um conjunto cada vez mais complexo de novos papéis e, ao mesmo tempo, necessitam de rejeitar ou modificar papéis anteriormente adquiridos (Danish et al., 1996). Os novos papéis implicam várias mudanças, no sentido em que os jovens têm que executar novas tarefas: desenvolver certas competências, lidar com emoções, tornarem-se autónomos, estabelecerem e desenvolverem relacionamentos interpessoais mais maduros, clarificarem objectivos e desenvolverem a integridade pessoal (Havighurst, 1953; Chickering, 1969).

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A agressão: um tema da actualidade

Um tema que tem sido muito falado nos últimos tempos é as agressões entre jovens, como a notícia “Rapariga de 14 anos esfaqueada com x-acto por amiga”. Será que podemos dizer que este tipo de situações provém de “problemas” no contexto familiar? Ou que provém de “problemas” no contexto social? Ou ainda, será que advém de um conjunto de “problemas” nos vários contextos? Como o último tema que abordamos aqui no blog foi relacionado com o contexto social, achamos “por bem” comentar estas notícias tão actuais de uma sociedade que parece estar com problemas. Falando um pouco de teoria, agressividade pode traduzir-se como uma forma de conduta com o objectivo de ferir alguém, física ou psicologicamente (Berkowitz, 1993, in Ramirez, 2001). A agressividade humana está associada à “(…) capacidade ou potencialidade de alguém provocar malefícios, ofensas prejuízos ou destruições, materiais ou morais, a outra pessoa ou a si mesmo (…)” (Abreu, 1998, p.133). Os comportamentos agressivos, particularmente nas escolas, são uma temática que cada vez mais preocupa a sociedade, principalmente pela amplitude que tem alcançado. Impõem-se, então, a questão: terá a agressividade aumentado em proporções alarmantes, ou ter-nos-emos nós tornado mais sensíveis face à sua maior visibilidade social? (Costa & Vale, 1998; Ramirez, 2001). Apesar de, naturalmente, haver diferentes opiniões sobre esta temática, sabe-se que este problema não é nenhuma novidade na sociedade de hoje em dia. Actualmente, é cientificamente incorrecto afirmar que o ser humano tem uma tendência inata para a guerra ou para outras condutas violentas, tal como é incorrecto afirmar que a evolução natural seleccionou preferencialmente as condutas agressivas às demais condutas (APA, 1990, in Ramirez, 2011). Podemos então afirmar que estes problemas de comportamento derivam de “falhas” na educação por parte da família e/ou pela sociedade.

Bibliografia consultada: Sousa, P. M. (s.d.). Agressividade em contexto escolar. Obtido em 07 de Junho de 2011, de psicologia.com.pt: http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/A0261.pdf

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Contexto social: A Agressão.


Como actualmente se tem falado muito em Portugal sobre agressão, hoje vamos falar de mais um dos contextos da psicologia: o contexto social.
Bandura (1983) desenvolveu uma extensão da teoria da aprendizagem, denominada aprendizagem social. Esta teoria dá ênfase à aprendizagem observacional e à modelagem. Assim os indivíduos modificam o seu comportamento em função do modo como as outras pessoas do grupo se comportam. A aprendizagem social também é influenciada pelo auto-conhecimento. Deste modo, os padrões que estabelecemos para nós mesmos e a confiança que temos na nossa capacidade para os cumprir, influenciam a nossa disposição para aprender com as outras pessoas, sejam elas os nossos pais, amigos, orientadores ou celebridades.
O homem tem a necessidade de pertencer a um determinado grupo social, seja a família, a escola, o trabalho e outros. Este facto é essencial para o desenvolvimento. O homem desenvolve-se em contexto social. Nos primeiros anos de vida, o seu meio social é a família. Depois à medida que se vai desenvolvendo, o homem vai interagindo com outras pessoas, com a sociedade.
Segundo Bandura os adultos têm um papel importante como modelos para aprendizagem da criança. Por exemplo, Bandura acreditava que a agressão é aprendida através de um processo chamado modelagem do comportamento. Albert Bandura argumentou que as crianças aprendem a responder de forma agressiva observando pessoalmente, ou através dos média e do meio ambiente.
Deste modo, é importante que os pais não exponham as crianças estas situações.



Bibliografia consultada: Anonimo (2006) Teoria do Desenvolvimento humano. Acedido em 03,Junho,2010 em: http://supervisaoclinicanaenfermagem.wikidot.com/desenvolvimento-pessoal-e-profissional



segunda-feira, 30 de maio de 2011

Psicologia e a 7ª arte - As aventuras de Pinóquio

Boa Tarde a todos!
Como no post anterior falamos em desenvolvimento moral, não haverá melhor sugestão de cinema que o filme: As aventuras de Pinóquio. Este filme é mais do que um filme para crianças, ele focaliza o desenvolvimento moral da criança.
O Pinóquio precisa de ir para a escola para ser um "menino de verdade". Os requisitos para a personagem conquistar a condição humana é ser "bom filho" e "bom menino". A personagem Pinóquio parece-se muito connosco!


Deste modo, agora na perspectiva de adulto,  vale apena ver!

sábado, 28 de maio de 2011

PLÁGIO. Uma questão moral!

Apesar de ao longo dos tempos sempre nos termos deparado com situações de plágio, hoje em dia, a Internet  é um meio facilitador desta prática.  Quando reflectimos sobre o plágio, é necessário reflectir também sobre questões morais.
Define-se Comportamento moral como: agir de acordo com as leis. É o comportamento aceite como normal para um determinado grupo.
O desenvolvimento da moralidade é necessário para a vida em grupo. A capacidade de implicação numa acção moral, tem inúmeras influências do processo de socialização. Kohlberg (1984) defende que esta capacidade depende fortemente do meio social.
Lawrence Kohlberg (1984), elaborou a teoria do desenvolvimento moral. Defendeu que a consciência moral se encontra na razão e não no sentimento. Essa teoria era constituída por seis estádios e três níveis de desenvolvimento. Estes três últimos são:
  • Nível pré-convencional - neste nível, o indivíduo raciocina em relação a si mesmo e ainda não compreendeu ou integrou totalmente as regras e expectativas sociais.
  • Nível convencional - neste nível o indivíduo considera correcto aquilo que está conforme e que respeita as regras, as expectativas e as convenções da sociedade.
  • Nível pós-convencional - Um indivíduo situado neste nível compreende e aceita as regras da sociedade na sua globalidade, mas apenas porque primeiramente aceita determinados princípios morais gerais que lhes estão subjacentes. No caso de um desses princípios entrar em conflito com as regras da sociedade, o indivíduo julgará com base nesse princípio e não na convenção social.
Cada nível de moralidade comporta dois estadios diferentes:
Estádio 1: a orientação para o castigo; Estádio 2: necessidades imediatas das duas partes; Estádio 3: uma orientação convencional para as expectativas de papel; Estádio 4: para o sistema social enquanto tal. Estádios 5 e 6: orientação pós-convencional para os princípios éticos universais, como, por exemplo, os direitos humanos. (Duque, C. 2006).
Podemos relacionar facilmente a temática do plágio com a teoria de Kohlberg. O desenvolvimento moral inicia-se aos 2/3 anos, quando as crianças começam a conhecer as regras dos jogos. Nesta fase a criança passa da anomia (ausência de regras) para a heteronomia (regras que vêm de fora). (Lima, A 2011). No estádio 1 de Kohlberg, a criança assume uma perspectiva concreta individualista, separa os seus interesses dos interesses dos outros e reage segundo a relação obediência-punição. No estádio 2, a criança reconhece que os outros também têm interesses. É importante que desde cedo, a moral seja trabalhada com as crianças. Quando isso não acontece, leva a que o indivíduo não desenvolva a capacidade de implicação numa acção moral, que pode resultar e explicar situações como o plágio. O acto de plagiar pode então estar associado a problemas no desenvolvimento moral do indivíduo.

Um estudante, seja ele do ensino básico ou superior, está num processo de desenvolvimento moral e intelectual. Com o tempo vai aprendendo os limites e as regras da comunicação escrita, e aprende que o plágio é uma infracção ética. O estudante tem que ter a habilidade para compreender que há diferentes opções para agir e que estas têm diferentes consequências para as outras pessoas envolvidas na situação.
No estádio 3 de Kohlberg, o adolescente preocupa-se com o que os outros pensam dele; os actos são pensados para agradar o outro.
Talvez seja quando atinge o estádio 4, que o indivíduo adquire a capacidade para entender melhor o que é o plágio e as razões para não o praticar. Uma indivíduo no estádio 4, assume o ponto de vista do sistema. A ponderação nos actos tem em conta a sociedade no geral. No estádio 5, os actos são pensados no bem de todos e em prol de valores máximos como a vida.
 Relativamente ao estádio 6, Kohlberg aponta que nem todos o conseguimos atingir. Neste patamar, o sujeito rege-se pelos princípios universais de justiça para os todos.
Em suma, o desenvolvimento moral é essencial para a formação global do indivíduo. O plágio é considerado anti-ético (ou mesmo imoral) em várias culturas, e é qualificado como crime de violação de direito autoral em vários países. (Duque, C. 2006).
Apesar do mérito a teoria de Kohlberg foi alvo de críticas. Em primeiro lugar a tese de doutoramento de Kohlberg baseou-se numa amostra em que os participantes eram todos do sexo masculino, não tendo em conta a especificidade do desenvolvimento moral das raparigas.  Em segundo lugar são apontadas dúvidas acerca da universalidade dos estádios. Os críticos afirmam que toda a moralidade é culturalmente relativa. Em terceiro lugar, inúmeros investigadores discordam da asserção de Kohlberg de que as crianças mais novas baseiam os seus julgamentos morais apenas em recompensa, para evitarem punição e por deferência inquestionável à autoridade. Pelo contrário, para alguns as crianças têm um entendimento moral mais profundo do que conseguem articular. (Duque, C.) Kohlberg é também acusado de elitismo.





Bibliografia consultada: Duque, C. (2006). Desenvolvimento Moral: perspectiva de Kohlberg. Acedido em 27,Maio,2011 em: http://www.slideshare.net/CDuque/desenvolvimento-moral-presentation.
Pontes, S. (2011). PLÁGIO. Uma questão de Ética.  Acedido em 27,Maio,2011 em: http://sandrapontes.com/?page_id=816.
Lima, A. (2011). Escola de Pais. Acedido a 28,Maio,2011 em: http://beta-escoladepais.blogspot.com/2011/03/quanto-falta-desenvolvimento-moral-da.html

terça-feira, 17 de maio de 2011

Psicologia e a 7º arte: Dangerous Minds

Uma vez que temos abordado o tema da escola como um contexto de desenvolvimento, sugerimos o filme "Dangerous Minds" que nos mostra como a escola pode influenciar e até moldar a vida das pessoas. O filme conta-nos a história de LouAnne Johnson (Michelle Pfeiffer), uma ex-Marine que começa a dar aulas de inglês. Concretizando este sonho de leccionar, é-lhe dado o desafio de ser professora de um grupo de adolescente "rebeldes" que aceitam como forma de vida o insucesso. Com o objectivo de ganhar a confiança destes jovens e de fazer as diferença nas suas vidas, LouAnne não olha a meios para atingir os fins, aprendendo, no limite, algumas lições árduas. 
Com um elenco bastante bom e um história cativante, é um filme, que na nossa opinião, vale mesmo a pena ver :). 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A escola como contexto de protecção.

A adolescência coloca-nos face a desafios constantes que exigem disponibilidade e competências específicas. Por vezes a falta de cuidado adequado com o adolescente pode representar más decisões perante a exposição a situações de risco ao seu desenvolvimento e, em casos extremos, riscos à sua própria vida.
Na escola, o adolescente tem oportunidade de viver experiências com novas figuras de autoridade, bem como com o grupo de pares.
As vivências escolares do adolescente são valiosas no seu processo de socialização e de desenvolvimento.
Os professores representam modelos de autoridade alternativos aos da família e o processo de transformação vivido pelo adolescente na sua relação com as figuras parentais é transferido, ou ampliado para as suas relações com os educadores. Estes passam a exercer uma influência muito importante enquanto modelos alternativos de identificação, permitindo que o jovem reconstrua as suas próprias referências e relações com as figuras de autoridade. Aos educadores cabe, pois, além das tarefas pedagógicas em si, a função de oferecer a continência de que o jovem necessita no seu momento de incertezas, angústias, instabilidade e necessidade de afirmação. Facilmente se entende o papel do educador na prevenção contra situações de perigo com as quais os jovens se deparam. É importante que os educadores manifestem acções preventivas ao uso indevido de drogas, por exemplo. A escola é um excelente contexto de preparação e protecção. A sala de aula constitui um excelente fórum para exercício de cidadania no qual as habilidades e valores relativos à vida comunitária podem ser exercitados.


Beijinhos!



Bibliografia Consultada:
Sudbrack, M. et al (2005). Escola como contexto de protecção: refletindo sobre o papel do educador na prevenção do uso indevido de drogas. Acedido em 4 de Maio, em: http://www.proceedings.scielo.br/scielo.phppid=MSC0000000082005000200082&script=sci_arttext

Psicologia e a 7º Arte - Suguestão

'Bang Bang you're Dead' é um filme forte, poderoso e que aborda um assunto muito pesado: bulling. O filme demonstra o quanto a escola pode mudar as nossas vidas, neste caso, pelas piores razões. É um filme de Guy Ferland, muito bem conseguido  e que vale apena ver!


Fica a sugestão, Até Breve!